sexta-feira, 22 de agosto de 2014

120 - Vida



Hoje estive na companhia do meu amigo Tempo
Perguntei de onde estava vindo
Mas ele não me disse de onde vinham as lembranças
Ele invadiu meu coração e me fez sentir uma angústia
E eu fiquei querendo descobrir o que ele queria comigo
Deixou essa pergunta sem resposta e foi embora
Com a música tive que curar essa dor
Acho que entendi um pouco mais da vida










domingo, 17 de agosto de 2014

119- Coragem para ser feliz



É isso!

É preciso ter muita coragem para ser feliz.

Ter coragem para mudar aquilo que nos faz molhar os olhos.

Ter coragem para mudar aquilo que insiste em nos dizer isso está errado, e aí sim viver com felicidade.

Ter coragem para abrir a porta da escuridão e deixar a luz entrar.

Ter coragem para assumir o novo como nosso melhor amigo.

E para ser feliz basta vestir nossa força de vontade e saber dar um  “double click” na mente potencializando nossa aura azul de guerreiros da luz.

Apagar o luto das perdas e ampliar o espaço vida deixando que Ela nos ofereça  ou nos coloque no caminho real, florido e amoroso.

Deixar que a vida nos oriente para uma direção sem qualquer vestígio ou sequela de negatividade, é ter coragem para caminhar no destino certo e receber do tempo o melhor da vida.

Mas muitas vezes essa ação de viver é saber reconhecer e negar uma essência inimiga, falsa e torta que finge nos amar e quer nos colocar em um caminho enganoso. 

É ter sabedoria para  identificar e firmar a verdadeira essência, aquela que nos foi dada no momento em que entramos no mundo de Deus.



E que sejamos todos muito felizes dentro de uma verdadeira essência, aquela que é um gigante Arco Iris onde abriga os nossos melhores sentimentos.

Namastê!






segunda-feira, 11 de agosto de 2014

118 – Saudades do tempo





Tenho saudades da infância, do chão da minha casa, que era simples, mas era um chão seguro e cheio de amor.

Tenho saudades do meu pai, querido pai. Com ele aprendi a amar e a ser leal aos meus sentimentos. Com meu pai aprendi ser sutil e reservada na vida, a não falar o desnecessário. Saudades do meu pai quando nos ensinou que a vida pode se renovar com pequenas atitudes. Aprendi com ele mais a sentir e a observar a grandeza do mundo.

Tenho saudades da minha mãe, quando pela manhã perfumava a casa com o aroma de café e quando chamava os filhos para uma mesa já posta com o pão e o leite. Saudades da minha mãe quando fazia nossa comida, mandava tomar banho, brigava pelo falatório alto e nos ensinava o que é amar. Saudades da minha mãe quando a noite, mesmo cansada, nos mostrava seu olhar terno de uma mãe que protegia sua cria e com muita medida de coragem entrava em nossos pesadelos para abater os monstros imaginários. Saudades da minha mãe, quando lembrava cada data de aniversário e com um bolinho pequeno cantava parabéns para você. Saudades sempre terei da minha mãe, mesmo sabendo que hoje sua memória  lembra muito mais do passado longe do que do presente perto.

Saudades dos meus irmãos e irmãs quando juntos a noite ficávamos admirando o céu e procurando vagalumes na escuridão enquanto esperávamos nosso pai chegar do trabalho.  Saudades dos meus irmãos quando brigávamos por qualquer coisa, mas sempre vinha o mais engraçadinho que nos fazia rir e o clima de felicidade reinava outra vez. Saudades dos meus irmãos quando juntos sujávamos nossas mãos fazendo as máscaras de barro para brincar o carnaval.

Saudades da minha irmã mais velha quando nos mostrava sua vaidade de mulher e eu ficava curiosa para saber para onde ela ia tão bonita e o que fazia. Saudades da minha irmã mais nova quando ela se apertava no colo do meu pai, quando ela pequenina buscava entre nós a melhor brincadeira, quando ela queria ajudar a passar cera no chão, mas na verdade queria brincar de sentar no pano para que a puxássemos pelo chão da casa e com isso dar o toque final do brilho. 

Saudades tenho muito dos meus irmãos  quando todos nós juntos e de coração próximo um do outro, olhinhos brilhantes, cantávamos parabéns e comemorávamos o aniversário um do outro. 

Muitas saudades eu sinto da minha grande família...

Mas a saudade também larga minha mão e vai embora com o tempo, e aí... eu tenho saudades da saudade.









quarta-feira, 6 de agosto de 2014

117 - MÃE DE TODAS AS MÃES



“- Dia 1º. de Agosto, hoje vou sair com a Mãe de todas as Mães.”

Esse foi meu pensamento pela manhã quando peguei meu escapulário que ganhei de presente com a Nossa Senhora e o Sagrado Coração de Jesus. Fiz uma oração e o coloquei no pescoço.
 
Como de costume uma caminhada bem conectada, indescritível amor pelo divino e enorme é esse amor sentido na alma.

Tudo se mostra diferente nesse dia. A terra por onde caminho parece mais quente. Pulsantes vidas interagem comigo e sinto-me acolhida, bom demais.

Logo uma surpresa no caminho, e no meu coração uma intuição de que o acaso para nós na verdade é o espírito divino em sintonia com os nossos pensamentos. 

Nas minhas caminhadas  eu passo por um sítio sempre fechado por um grande portão, mas nesse 1º. de agosto o portão estava aberto. Fiquei curiosa porque vi uma gruta, me embalei pela imagem e entrei no sítio. Logo nessa entrada me aparece um senhor, perguntei se podia entrar e se o sítio era aberto para eventos. Ele me respondeu que podia entrar, mas que o sítio era particular. Caminhei em direção a gruta e emocionada me deparei com a imagem da minha querida Nossa Senhora da Conceição. Fiquei ali alguns minutos com o coração ao alto admirando a imagem e agradecendo.
  
A Mãe de todas as Mães mais uma vez me surpreendeu.





Obrigada pelo dia maravilhoso, obrigada pela família, pelos amigos e pelo trabalho.

Obrigada Mãe, pela vida!