Uma força misteriosamente
sagrada e pulsante como a terra foi preenchendo meu coração lentamente. Olhos
abertos para além da minha consciência local. Meu ser valendo-se do instinto de
proteção, seguia em caminhos paralelos ao
circulo da vida espiritual que se formava naquele ambiente, queria saber o que
acontecia. E a minha mente buscava entendimento para uma respiração ofegante que
não me dizia de onde vinha.
Nessa grande
via da vida alguns me pareciam confortáveis, e com o espírito receptivo refletiam uma conexão
que começa acelerando o coração até expandir cognitivamente e viajar no tempo.
Nesse momento não tem como fugir, basta entrar no caminho oposto e aí aguardar
o retorno.
Mesmo com
uma sensação mais forte eu queria mesmo era observar essa energia extra vida, certamente numa
tentativa de pular alguns bloqueios e deixar-me
cair naqueles braços inimagináveis que
queriam abraçar a minha mente divina.
Inegavelmente
sabia que uma vida muito antiga estava ali e ela já me tocava, senti isso como
uma corrente egrégora. Tentei vagar naquele
ambiente e ingenuamente ignorar essa energia que era de um visitante de luz.
Mas era eu, eu
estava ali, corpo presente, mas emprestando o meu chão para um cavaleiro
templário. Em certo momento, ainda com uma ínfima consciência, senti joelhos
dobrando-se, e em segundos acho que fui parar em outros caminhos deixando a
passagem para essa forte força. Uma conexão eternamente aceita, um guerreiro, um
ser místico e imperioso, um guardião da vida divina que viveu há milênios de
anos. Um passado longínquo, mas ali muito próximo de mim. A sensação era
exatamente essa, era eu deslocando no tempo e na vida.
“Non nobis, Domine, non nobis,
sed nomini Tuo da gloriam”
“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso
nome dai a glória“,
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