segunda-feira, 23 de setembro de 2013

82 - Conexão



Hoje levando minhas filhas para a Escola surgiu um assunto que me fez remontar uma história lá dos meus tempos de infância. Fez-me lembrar e sentir como éramos conectados com a vida, com o mundo, com a natureza e, sobretudo com o Divino.

Tempo bom... Hoje parece que a humanidade perdeu essa conexão.

Bem, tudo começou porque minha filha comentou sobre uma casa em nosso condomínio que tem muitos vidros em sua estrutura, e a preocupação dela era ocorrendo uma tempestade os raios poderiam atingir essa casa.  Isso me fez lembrar minha mãe que nas tempestades corria para cobrir a TV e todos os espelhos da casa, ela jogava uma toalha e pedia para que ficássemos quietos. 

Nos acontecimentos de eclipse solar então, nossa, parecia que o mundo ia acabar. Ah, isso minha mãe, minha avó, e toda geração antiga pensavam mesmo. Nessa época se tinha pouco conhecimento sobre astrologia e por essa razão muitos acreditavam que o Eclipse era sinal de coisa ruim ou que estava para acontecer uma catástrofe, ou seja, que  era mesmo o fim do mundo.

Não sei como minha mãe ficava sabendo que iria acontecer um eclipse do sol, a informação não corria rápido, acho que o povo dessa época tinha a intuição dos índios, era um povo que sabia fazer uma boa leitura da natureza.

Mas o fato era que sabendo que o dia ia escurecer minha mãe trancava os filhos dentro de casa e não deixava ninguém sair até que o fenômeno passasse. A criançada ficava assustada mas também curiosa. Nossos olhinhos se colavam nas frestas das janelas e ali ficávamos por horas olhando o dia escurecer enquanto minha mãe ficava rezando. Somente saíamos de dentro de casa quando ela se sentia segura de que “tudo passou”.

Minha intuição diz que não era apenas uma preocupação que minha mãe e o povo antigo sentiam, era respeito e submissão aos desígnios de Deus. É isso que eu chamo de conexão. 


Mais do que uma boa lembrança, para mim foi a certeza de que a conexão com a vida, com a natureza e com Deus jamais deve ser perdida.

Em conexão sempre.




sábado, 21 de setembro de 2013

81 - Eu



Um dia quero ser gente

Um dia quero ser grande

Um dia quero ser Eu

Apenas Eu, um dia

E  quando chegar tal dia

No meu Eu profundo

Minh’alma  reconhecerei

Em um canto de mim lá está

Bem recuada invisível descansa

Mas meu querer intuído

Esperança o meu desejo de Ser

E o meu interior traz de volta

O meu SER gente grande e o meu EU




Cuidando da minha vida, cuidando da minha alma



domingo, 15 de setembro de 2013

80 – Vintage



Eu descobri que sou vintage, nostálgica na vida.

Um espírito ligado a vidas passadas.

Uma vida antiga que carrego e que me dá forças para caminhar.

Quem sabe ela não me convida para viver eternamente feliz,

Quem sabe ela não protege as vidas que eu amo.

É disso que preciso,

É disso que meu sentimento se alimenta. 

Sempre tive esse amor dentro de mim.

Interminável como a vida, transcende o tempo,

Interminável como o desejo de viver.

É assim que sigo, buscando sempre renovar o dia e a noite

Renovar o tempo para que o espírito siga adiante.

Eu amo ser assim, eu amo ser vintage, porque assim sinto a continuidade da vida.















Seguindo pelos caminhos da vida eterna.


  

sábado, 14 de setembro de 2013

79 – Sim, o acaso vai



A juventude não foi fácil para mim. Foi dura, impiedosa e me forçava a encarar as vicissitudes de uma vida completa.

Às vezes a minha juventude era como uma mãe, carinhosa, solícita, me ensinava a recuar quando devia, a retribuir e a estender minhas mãos para outras vidas que estavam bem ao meu lado.

Mas às vezes ela era uma madrasta cruel, sem mais nem menos, me jogava aos leões e me deixava ali sozinha travando um duelo com o desconhecido.

E em muitas arenas da vida saí me sentindo uma fracassada, mas entendi o que a vida estava querendo me ensinar: é com o fracasso que aprendemos a nos blindar para as possibilidades de vitória.

Degustei a vida nos seus altos e baixos, vivenciei ilusões e desilusões, dilemas e tristezas. E no lado bom também tive as descobertas, alegrias, sorte, renovação, amor e amizade.

Eu não queria passar por tudo isso, é bem melhor apenas viver um dia após o outro sem quaisquer ruídos de interferência que possam alterar a nossa freqüência de paz. 

Mas é a vida e é intensa...

Assim, graças as armadilhas da minha linda juventude, hoje estou cheia de  mim, no ponto certo da vida e certamente bem acompanhada do acaso.

“Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...”




O acaso vai me proteger...

domingo, 1 de setembro de 2013

78 – Onde a vida acontece



É bom conhecer lugares, é bom estar onde nos sentimos bem,
É bom estar com as pessoas que nos querem bem,
É bom sentir a energia do tempo e do espaço,
É bom sentir a energia do meio mundo que nos acolhe,
É bom sentir a energia da natureza e do infinito astral.
É essa energia que faz a gente acreditar que estamos ao lado de Deus.
É a vida dando-nos um presente todos os dias,
É o sentimento que vai e vem,
É a vida passeando nos grandes campos do mundo,
Essa é a vida que está conosco, um lugar onde nascemos e renascemos.
Assim  caminhamos nos ciclos da vida,
Passamos por lugares imagináveis e inimagináveis, mas sempre retornamos ao nosso ponto de origem, o lugar real onde nossa vida acontece.
Onde o tempo movimenta e a vida acontece.