Esse post é
para uma amiga que , acho,não quer saber de mim. Uma maneira que encontrei para
dizer que eu quero saber dela como sempre quis durante todos os anos que se
passaram.
Algumas
vezes sinto vontade de ligar, como hoje, mas logo, como em tantas outras vezes,
essa vontade vira uma frustração porque ninguém atende na casa dela. Ou mesmo
quando atende são diálogos com frases monossilábicas, curtas e objetivas,
parecendo uma defesa de uma personalidade que não quer se mostrar.
Confesso que
tenho um grau de conveniência tamanha para relacionamentos, aprendida desde
pequena, não me sinto bem causar, ou melhor, ser inconveniente fazendo-me
presente para pessoas que não me querem. Isso somente a psicologia explica...
Melhorei muito, mas em algumas situações sinto-me fragilizada por essa conduta.
Essa amiga
faz-me lembrar de um passado de horas felizes e de gargalhadas juntas, de
chopinho de fim de tarde com nossos maridos e amigos. Momentos marcados no meu
coração. Mas como tudo na vida passa, e isso também está querendo passar,
embora não seja esse o meu desejo.
Houve uma
época que transferi para essa amiga um coração cheio de afeto. Um momento em
que a carência afetiva me invadiu fazendo-me buscar uma irmã bem mais próxima
de mim, amiga, cúmplice e companheira. Uma fase de solidão fria muito sentida
com a ausência de uma família, principalmente nos momentos de dores da alma. Culpa
de uma dona chamada independência. Achava que ter a independência próximo a mim
era o grande segredo da vida. Um ledo
engano. E foi essa Sra.Independência que me afastou da minha família e da minha
irmã sem nos perguntar se queríamos ir
para caminhos tão diferentes.
Mas com essa
amiga fui levada a conhecer novos caminhos. Seguimos a alegria e a espiritualidade.
Às vezes me pergunto se já não a conhecia lá de um passado distante. Uma
inteligência singular, dona de uma palavra amigável e sábia, sabendo sorrir
quando sua amiga mais íntima chamada de espontaneidade a invade, assim é ela na plenitude de sua essência que
ainda lhe é secreta.
Hoje sei que
ela está na companhia da tristeza pela perda do seu grande amor. Infelizmente a
vida segue, sempre segue por mais que desliguemos nossas conexões com a
realidade. Esse é o momento de tratar nossas raízes e dar o adubo da vida.
Assim é a dinâmica da vida, enxergar nossa alma e ver as ramificações que são
os filhos, um legado do amor.
Que Deus te guarde com a família e a abençoe
muito.
Com amor e
um desejo forte de PAZ,
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