sábado, 8 de junho de 2013

69 - Uma essência ainda secreta



Esse post é para uma amiga que , acho,não quer saber de mim. Uma maneira que encontrei para dizer que eu quero saber dela como sempre quis durante todos os anos que se passaram.

Algumas vezes sinto vontade de ligar, como hoje, mas logo, como em tantas outras vezes, essa vontade vira uma frustração porque ninguém atende na casa dela. Ou mesmo quando atende são diálogos com frases monossilábicas, curtas e objetivas, parecendo uma defesa de uma personalidade que não quer se mostrar.  

Confesso que tenho um grau de conveniência tamanha para relacionamentos, aprendida desde pequena, não me sinto bem causar, ou melhor, ser inconveniente fazendo-me presente para pessoas que não me querem. Isso somente a psicologia explica... Melhorei muito, mas em algumas situações sinto-me fragilizada por essa conduta.

Essa amiga faz-me lembrar de um passado de horas felizes e de gargalhadas juntas, de chopinho de fim de tarde com nossos maridos e amigos. Momentos marcados no meu coração. Mas como tudo na vida passa, e isso também está querendo passar, embora não seja esse o meu desejo. 

Houve uma época que transferi para essa amiga um coração cheio de afeto. Um momento em que a carência afetiva me invadiu fazendo-me buscar uma irmã bem mais próxima de mim, amiga, cúmplice e companheira. Uma fase de solidão fria muito sentida com a ausência de uma família, principalmente nos momentos de dores da alma. Culpa de uma dona chamada independência. Achava que ter a independência próximo a mim  era o grande segredo da vida. Um ledo engano. E foi essa Sra.Independência que me afastou da minha família e da minha irmã  sem nos perguntar se queríamos ir para caminhos tão diferentes.  

Mas com essa amiga fui levada a conhecer novos caminhos. Seguimos a alegria e a espiritualidade. Às vezes me pergunto se já não a conhecia lá de um passado distante. Uma inteligência singular, dona de uma palavra amigável e sábia, sabendo sorrir quando sua amiga mais íntima chamada de espontaneidade a invade,  assim é ela na plenitude de sua essência que ainda lhe é secreta.

Hoje sei que ela está na companhia da tristeza pela perda do seu grande amor. Infelizmente a vida segue, sempre segue por mais que desliguemos nossas conexões com a realidade. Esse é o momento de tratar nossas raízes e dar o adubo da vida. Assim é a dinâmica da vida, enxergar nossa alma e ver as ramificações que são os filhos, um legado do amor.

Amiga, assim quero te chamar, além da sua família natural eu estarei sempre aqui, basta sentir no coração a vontade de ligar e de se reaproximar, eu a atenderei com minha alma inteira sorrindo.

Que Deus te guarde com a família e a abençoe muito.




Com amor e um desejo forte de PAZ, 





 





Nenhum comentário:

Postar um comentário